Dizer para mim, “em tal lugar tem uma costela de boi assada fantástica” é uma frase mágica. Mesmo porque, poucos lugares ou poucas pessoas conseguem fazer uma boa costela de boi, que fique assim... com a carne desmanchando na boca. Lá em Belo Horizonte, tem um lugar que ficava pertinho da casa onde eu morei, no Bairro Santo Antônio, chamado Mercearia do Lili. Era uma mercearia daquelas antigas, com azulejos azuis e o dono, o Lili, meio mal-humorado e caricato. Lá, a costela de boi, desculpe a insistência, era “manjar dos deuses”. E que manjar….Era feita em uma chapa de ferro engordurada por maçãs-de-peito (uma parte do boi, o peito, que só se chama assim em Minas, pelo que eu sei…) e varias outras carnes que saiam a todo momento para as pessoas que lotavam a calçada da Mercearia. Ela vinha temperada com alho torradinho e acompanhada de batata frita. O Lili vinha trazendo a peça em uma tábua de plástico com um garfo de dois dentes (os do meio não existiam mais) e uma faca que de tão usada e afiada, tinha um curva enorme para dentro. Ali ele fatiava a costela que era deixada ali mesmo na tábua, em cima da mesa, só com um papel cor-de-rosa de embrulhar carne por baixo. Se comia com palitos. Costela saborosa…
E aqui em São Paulo acabei de descobrir um lugarzinho pequenino e meio escondido ali no Paraíso, na rua Sampaio Viana (216), que tem uma costela divina. É o Beco do Bartô. Lá, um corredorzinho leva até o restaurante que tem só algumas poucas mesas que ficam em um pátio. A costela não é como a do Lili, ali não é um boteco. Ela vem servida em uma prato com polenta cremosíssima e um pouco de salada. É ma-ra-vi-lho-sa!
E aqui em São Paulo acabei de descobrir um lugarzinho pequenino e meio escondido ali no Paraíso, na rua Sampaio Viana (216), que tem uma costela divina. É o Beco do Bartô. Lá, um corredorzinho leva até o restaurante que tem só algumas poucas mesas que ficam em um pátio. A costela não é como a do Lili, ali não é um boteco. Ela vem servida em uma prato com polenta cremosíssima e um pouco de salada. É ma-ra-vi-lho-sa!
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