sexta-feira, 28 de março de 2008
quinta-feira, 27 de março de 2008
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Natal - Champagne, espumante ou prosecco?
Para ser bem prática, uma bebida só pode ser chamada de champagne se for produzida na França e pelo método champenoise, quase todo manual, com o vinho fermentando em processo natural por anos a fio, em garrafas espalhadas pelos milhares de quilômetros de caves nos subterrâneos da França. Assim, qualquer outra bebida só pode ser chamada de espumante, que costuma fermentar em cubas de aço (o que acelera demais o processo que, no caso, obviamente é artificial). E se for feito pelo método champenoise mas em outro país que não a França? Ainda sim é um espumante como é o caso dos proseccos italianos (só é prosecco se vier da região de mesmo nome, na Itália) ou das cavas espanholas.
PS: Só uma coisa, uma resolução de final de ano, talvez uma frescura, mas é muito mais um pedido contra umas das mais poderosas heresias que ainda persiste na humanidade. Sim, o assunto é serio. Levante a mão direita e, de uma vez por todas prometa que nunca mais vai olhar para uma garrafa de cidra cereser e dizer: vamos abrir a champagne!
Spot: bloody-mary e bazergan
É o que eu sempre digo: aproveite o que o lugar tem de melhor. Aproveite! Por isso já alerto de antemão que o bazergan (uma entradinha do Spot feito com trigo e especiarias, servido com coalhada seca e pão sírio torrado) continua perfeito. Pra mim, um daqueles pratos que estão na categoria “manjar dos deuses”. Talvez porque me remeta à lembranças boas, a última então, maravilhosa. E continua bom também o penne oriental. Sim, o fiel cardápio continua agradando, não perdeu a qualidade. É claro que é bom colocar em mente a absurda espera de todo santo dia mas, aproveite o lugar – o bar está ali para isso. Os drinks são ótimos. Espere e beba. O mojito estava bem gostoso e o bloody-mary, que eu não tomava há séculos, estava simplesmente sensacional. Bem temperado, bem feito. Outro prato gostoso que pedimos foi o camarão acompanhado de aspargos salteados com gengibre e molho oriental.Vá ao Spot. Pelo lugar, pelas torres da Caixa Econômica, pela avenida Paulista à noite, pelo chafariz iluminado, pelo clima, pela badalação, pelo bazergan ou pelo bloody-mary. Nem que seja só uma vez, abstraindo o tanto de gente, o barulho e a espera, espera, espera.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
4 lugares na Liberdade
Bom para passear, bom para comprar iguarias a preços bem mais baixos – shitake, shimeji, shoyu, tahine, algas, chás, panela para fazer gohan, luminárias de papel de arroz, futtons e quimonos. Além de esquisitices como carangueijinhos e peixinhos secos e salgadinhos de sushi (imagine um snack sabor e formato sushi, é por aí – e é ótimo, pode acreditar). Se você não gosta nem de pensar em provar isso, prove a febre da Liberdade: o sorvete coreano Melona!
E bom para comer!
Eu indico: De frente para a entrada do metrô, ali na Praça da Liberdade, tem um restaurante self-service chamado Itiriki de comida oriental (e boa opção para vegetarianos). De mesmo nome, ali ao lado na rua dos Estudantes, 24, a Bakery Itiriki é uma padaria também self-service (é só pegar uma bandeja, um pegador e ir se servindo) que tem o manju, pão cozido no vapor recheado – com aquela massa fofinha e delicada…
Um pouco mais à frente, um dos mais tradicionais restaurantes, o Nandemoyá, na rua Américo de Campos, 9. Não vire as costas assim que observar uma fila quarteirão a fora – a rotatividade é grande, então é rapidinho, se costuma esperar 15 minutos. O bom disso é que a comida tem que ser constantemente reposta, então fica tudo sempre fresquinho. O lugar não tem nada de bonito e ainda é animado por música ao vivo. Mas vale a pena ir. Na Liberdade, os lugares frequentados pela comunidade já indicam que, pelo menos, a comida é boa.
A mesma coisa eu digo do Gombe: um japinha quase impercepitível para quem passa na rua Tomás Gonzaga (22). Não espere um rodízio nem rolinho primavera no couvert (este, por sinal, é um potinho com brotos de bambu em lascas delicioso). Para comer, vá de robatas (espetinhos que fazem a fama da casa) – quase todos custam 2,50 (sugiro coraçãozinho, aspargo, shitake e lula). Para quem gosta de experimentar, pratos bem tradicionais e pouco conhecidos se misturam no cardápio. Os sushis têm um preço bom mas os sashimis são bem mais caros. Ah, guardei a conta!
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Garçom, o tradicional, por favor
Nunca consegui trocar por nenhuma outra opção do cardápio aquela que vem em primeiro lugar: beirute. Não beirute disso ou daquilo beirute e só. O tal vem com roast-beef, queijo, tomate e orégano. Só. O molho inglês ali na mesa serve para dar a alma aquele beirute de beirute maravilhoso. Sim, o beirute do Frevinho, que só o Frevinho se atreve a chamá-lo apenas de beirute.
Eu tenho uma amiga que gosta de comer cheese-burger no Frevinho. Deve ser bom, claro, mas acho um desperdício não aproveitar o prato que faz a fama da casa. De qualquer casa. Ela também gosta de comer coxinha no Puri, um restaurante que serve alguns pratos indianos. Uma vez estávamos lá e o pessoal da cozinha estava testando umas coxinhas e quibes vegetarianos para servir em uma festa e acho que de tanto que ela elogiou, devem ter ficado no cardápio por algum tempo. Eu considero isso uma injúria, jamais deixaria de pedir samosa – pastelzinho indiano assado e recheado – por uma coxinha. Acho que é legal aproveitar o quanto mais de diferente nas culinárias para ter a experiência de saborear coisas novas. Coxinha tem em um monte de lugar. E olha que eu amo coxinha – não dispenso nem a da rodoviária.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
4 indianos - o que pedir
Gopala Prasada – O prato misto. Como são duas opções de pratos por dia, você pode escolher o prato misto que vem com um pouco de cada prato. Como nem todo mundo sabe, não custa avisar, né? O Gopala fica na rua Antônio Carlos, travessa da Augusta e está sempre cheio, mas nada aterrorizante. É um restaurante fervorosamente vegetariano (lactovegetariano) e com alma hare-krishna. Quem acha que só vai ter salada, vai se surpreender com os pratos que não parecem ser vegetarianos (isso foi uma espécie elogio). Tem mesas de madeira e mesinhas para quem quer sentar no chão, comme il faut. Os pratos, copos e talheres são de metal desenhado. O almoço custa 16,00 e vem ainda com saladinha, suco e sobremesa (o gulabjamum, bolinho doce feito com leite em pó e calda de rosas está na categoria “manjar dos deuses”.
Govinda – O couvert. Parece estranho, você pode pedir qualquer prato, tudo é tipicamente indiano, com direito a muito curry e pimenta e todos valem a pena. Mas o couvert….por favor, não recuse! Ele vem com pão nan (feito na hora no forno tandoor) e vários molhinhos e chutneys servidos em cubuquinhas de cobre. O Govinda é um dos pioneiros (se não for "o") da comida indiana no Brasil. Seu auge foi na década de 80, o salão fazia você se sentir em uma casa de algum nobre indiano com direito a luz indireta – era quase escuro – muitos objetos de decoração e música ambiente indiana. Era como pegar o Oriente Express e cair em algm lugar insólito e inebriante. Hoje em dia não é mais assim mas continua elegante como sempre. Rua Princesa Isabel, 379.
Puri – Peça samosa. Uma das únicas coisas com influência indiana que restaram do cardápio. O lugar é meio que uma balada então, umas salmosas para acompanhar a cerveja são melhores do que sentar para, de fato, jantar. Isso porque é meio barulhento e as mesas, apesar de muito bonitas (de madeira, pesadonas) não são nada confortáveis para comer. Ah, e tanto é balada que eles cobram consumação mínima… Mas é bem bacana, uma portinha na rua Augusta esconde um pátio que tem uma pequena galeria e o Puri ao fundo, protegido por uma bela árvore. Rua Augusta, 2052.
Tandoor – Sugiro os pratos feitos no forno tandoor como o frango murg makhani. Ele é assado com especiarias e tomate temperado. O lugar não é muito bonito, mas tem alguns objetos indianos pra enfeitar. Eu prefiro pedir no delivery (se você morar lá por perto do Paraíso é uma boa). Uma cozinha que manteve a qualidade ao longo dos anos.
Govinda – O couvert. Parece estranho, você pode pedir qualquer prato, tudo é tipicamente indiano, com direito a muito curry e pimenta e todos valem a pena. Mas o couvert….por favor, não recuse! Ele vem com pão nan (feito na hora no forno tandoor) e vários molhinhos e chutneys servidos em cubuquinhas de cobre. O Govinda é um dos pioneiros (se não for "o") da comida indiana no Brasil. Seu auge foi na década de 80, o salão fazia você se sentir em uma casa de algum nobre indiano com direito a luz indireta – era quase escuro – muitos objetos de decoração e música ambiente indiana. Era como pegar o Oriente Express e cair em algm lugar insólito e inebriante. Hoje em dia não é mais assim mas continua elegante como sempre. Rua Princesa Isabel, 379.
Puri – Peça samosa. Uma das únicas coisas com influência indiana que restaram do cardápio. O lugar é meio que uma balada então, umas salmosas para acompanhar a cerveja são melhores do que sentar para, de fato, jantar. Isso porque é meio barulhento e as mesas, apesar de muito bonitas (de madeira, pesadonas) não são nada confortáveis para comer. Ah, e tanto é balada que eles cobram consumação mínima… Mas é bem bacana, uma portinha na rua Augusta esconde um pátio que tem uma pequena galeria e o Puri ao fundo, protegido por uma bela árvore. Rua Augusta, 2052.
Tandoor – Sugiro os pratos feitos no forno tandoor como o frango murg makhani. Ele é assado com especiarias e tomate temperado. O lugar não é muito bonito, mas tem alguns objetos indianos pra enfeitar. Eu prefiro pedir no delivery (se você morar lá por perto do Paraíso é uma boa). Uma cozinha que manteve a qualidade ao longo dos anos.
sábado, 1 de dezembro de 2007
Terraço Itália: você tem que conhecer
Codo Meletti
Deve ser o restaurante mais conhecido de São Paulo. E fica no Edifício Itália (Tom Zé até fez uma música!), um dos pontos mais conhecidos da cidade também. O fato é que, mesmo conhecendo, nem todo mundo já foi comer lá – eu não conheço muitas pessoas que já tenham ido. Minha sugestão: ir direto ao bar. Lá, os pratos são caros. São mesmo. Por pessoa deve se gastar uns 150, 200 reais entre entrada e prato principal. Então, para quem vai pela primeira vez, eu sugiro ficar no bar do Terraço Itália, que ao meu ver, é bem mais charmoso que os salões (é em estilo inglês) e tem uma vista panorâmica da cidade. As mesas perto das janelas (que vão até o chão) dão uma sensação incrível – e são ótimas para quem medo de altura perder de uma vez a paura. Vá ao Terraço Itália. Tome um ou dois drinks no bar e curta um dos lugares mais legais de Sampa, que tem uma história surprendente.
Meu reino por uma costela de boi
Dizer para mim, “em tal lugar tem uma costela de boi assada fantástica” é uma frase mágica. Mesmo porque, poucos lugares ou poucas pessoas conseguem fazer uma boa costela de boi, que fique assim... com a carne desmanchando na boca. Lá em Belo Horizonte, tem um lugar que ficava pertinho da casa onde eu morei, no Bairro Santo Antônio, chamado Mercearia do Lili. Era uma mercearia daquelas antigas, com azulejos azuis e o dono, o Lili, meio mal-humorado e caricato. Lá, a costela de boi, desculpe a insistência, era “manjar dos deuses”. E que manjar….Era feita em uma chapa de ferro engordurada por maçãs-de-peito (uma parte do boi, o peito, que só se chama assim em Minas, pelo que eu sei…) e varias outras carnes que saiam a todo momento para as pessoas que lotavam a calçada da Mercearia. Ela vinha temperada com alho torradinho e acompanhada de batata frita. O Lili vinha trazendo a peça em uma tábua de plástico com um garfo de dois dentes (os do meio não existiam mais) e uma faca que de tão usada e afiada, tinha um curva enorme para dentro. Ali ele fatiava a costela que era deixada ali mesmo na tábua, em cima da mesa, só com um papel cor-de-rosa de embrulhar carne por baixo. Se comia com palitos. Costela saborosa…
E aqui em São Paulo acabei de descobrir um lugarzinho pequenino e meio escondido ali no Paraíso, na rua Sampaio Viana (216), que tem uma costela divina. É o Beco do Bartô. Lá, um corredorzinho leva até o restaurante que tem só algumas poucas mesas que ficam em um pátio. A costela não é como a do Lili, ali não é um boteco. Ela vem servida em uma prato com polenta cremosíssima e um pouco de salada. É ma-ra-vi-lho-sa!
E aqui em São Paulo acabei de descobrir um lugarzinho pequenino e meio escondido ali no Paraíso, na rua Sampaio Viana (216), que tem uma costela divina. É o Beco do Bartô. Lá, um corredorzinho leva até o restaurante que tem só algumas poucas mesas que ficam em um pátio. A costela não é como a do Lili, ali não é um boteco. Ela vem servida em uma prato com polenta cremosíssima e um pouco de salada. É ma-ra-vi-lho-sa!
3 lugares em Curitiba
Essas são dicas pra quem vai ficar poucos dias. Podem não ser os melhores restaurantes de Curitiba mas estão localizados em pontos estratégicos pra se fazer uma boquinha em meio aos pesseios. Eu fui à Curitiba há pouco tempo, para o casamento de uma amiga. E não deixei de fazer turismo. Então aqui deixo minhas singelas sugestões de onde comer.
Para quem estiver perto do parque Barigui, lá no Shopping Barigui tem um restaurante bem conhecido dos curitibanos, o Beto Batata. Não é nada demais mas tem uma coisa que eu só comi em Curitiba até hoje (que fosse bem-feita): uma bata rösti gigante que é recheada e prensada…uma delícia! Pedimos uma recheada com champignon, bacon e espinafre e a outra com frango ao curry. As duas estavam bem boas.
Para quem for visitar o bairro de Santa Felicidade (vale a pena!) não dá para não comer no O Velho Madalosso! É um restaurantão gigante, (meio brega que tenta ser chique, sabe?) mas que tem um sistema de rodízio engraçado. O lugar é especializado em frango, então, você paga um preço fixo e come à vontade. Na mesa os garçons deixam frango à passarinho, galetinho, frango grelhado, pelenta frita, salada, arroz. E aí vem o rodízio de massas (é, lasanha, canelloni, etc), mais frangos mil, mais guarnições mil (fora o que já estava na sua mesa). O que eu posso dizer é: vá com fome. E manja che te fa bene!!!
Um outro lugar que eu só conheci nessa viagem e gostei bastante é o Bar do Alemão, um restaurante misto de bar, com muitas mesinhas nas calçadas do Largo da Ordem (um lugar bacanérrimo de conhecer, foto acima). A comida é excelente e muito barata, comemos esse salsichão aí que vinha com salada de repolho, tomate, cebola, torradas, salada de batata e batata frita e custou uns 15,00 (serviu muito bem duas pessoas). Acompanhado de chopp no canecão, perfeito!
Um outro lugar que eu só conheci nessa viagem e gostei bastante é o Bar do Alemão, um restaurante misto de bar, com muitas mesinhas nas calçadas do Largo da Ordem (um lugar bacanérrimo de conhecer, foto acima). A comida é excelente e muito barata, comemos esse salsichão aí que vinha com salada de repolho, tomate, cebola, torradas, salada de batata e batata frita e custou uns 15,00 (serviu muito bem duas pessoas). Acompanhado de chopp no canecão, perfeito!
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